Por Natalia Avernus
Você
se faz esta pergunta constantemente? Se faz, é um bom sinal! Está
preocupado com a qualidade do jogo, com o que os jogadores estão
achando, o que eles estão gostando ou não gostaram... Grande parte da diversão do mestre é a empolgação e satisfação
dos jogadores com o jogo e se isso não acontece, a chance da qualidade do jogo cair aumenta drasticamente.
E
o que é a qualidade no RPG?

A
qualidade pode cair a qualquer momento... Quem nunca viu isso
acontecer? De repente o jogo “esfria”, os jogadores começam a
faltar, as sessões começam a acontecer menos vezes e... Fim da
campanha. Às vezes campanhas longas, de mais de dois anos... Mas
por que isso aconteceu? Talvez os jogadores tenham tido “outros
compromissos”, “outras prioridades”... Mas a chance de ser puro
e simples desinteresse pela campanha é muito grande.
Mas
eu sou um bom mestre!
Sim,
vamos acreditar que você seja. Falei ali em cima: qualidade =
diversão. Você precisa se certificar que seu jogadores gostam do
seu estilo de narrar. Se você é super preocupado com interpretação,
drama e personalidade dos NPCs mas seus jogadores mal desenvolveram
seu históricos e falam em terceira pessoa o tempo todo, é provável
que eles fiquem entediados com suas tentativas de roleplay e tenham
cada vez mais “compromissos” que o afastem do jogo. O grupo todo
precisa estar na mesma harmonia.
Os
jogadores nesta história...
Muitos
mestres tem uma postura um tanto “possessiva” em relação à
campanha. “Na minha mesa”, “no meu jogo”... É fundamental
ter a noção de que uma campanha é construída de maneira coletiva
e que os PCs são (ou deveriam ser) os protagonistas e suas ações
deveriam interferir efetivamente na história.
Algumas
vezes um jogador faz uma crítica sobre determinado aspecto do jogo.
Claro que muitas vezes é puro “mimimi”, mas temos que sempre ter
um ouvido atento ao que eles dizem. As críticas construtivas vão
alertar o mestre para pontos que os jogadores estão sentindo
necessidade de aprimoramento, o que vai tornar o jogo cada vez
melhor.
A
avaliação!
Pensando
em tudo isso, resolvi criar uma avaliação para os jogadores
preencherem, colocando “no papel” o que estão achando. Ali eles
levam em consideração várias características do mestre, pontuam e
fazem comentários. Na segunda parte, há perguntas sobre
curiosidades sobre o jogo e planejamentos do personagem para o
futuro.
Esta
avaliação dá um panorama sobre como anda a qualidade do seu jogo,
além de mostrar o que o jogador deseja e planeja para seu personagem
no futuro, o que vai ajudar você a planejar a campanha.
Aqui
é possível fazer o download dela:
Meus
jogadores responderam esta avaliação e para mim foi algo bastante
positivo, pois pude ver que estou acertando na maioria das coisas que
faço e preciso melhorar pouco aspectos. Vamos ver se depois destas
críticas conseguirei aprimorar o que está precisando!
***
E
você, como acha que está a qualidade de seu jogo? Acha que há uma
certa desmotivação? Que tal pedir pros jogadores preencherem a
avaliação e detectar o que precisa ser melhorado?
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Créditos da imagem 1
The dungeon master by moulinbleu (Deviant art)
Interessante o seu texto, mas você poderia ter aprofundado mais,mesmo assim ele ficou bom. As vezes é preciso fazer esse tipo de pergunta e acho que a maioria não faz, inclusive eu. Isso nos faz refletir sobre os possíveis choques de interesse na mesa e como as vezes o complexo e o simples se misturam em um rpg.
ResponderExcluirMinha campanha acabou faltando apenas uma aventura por não ter dado mais atenção a avaliação dos jogadores. Se bem que alguns deles mentiram dizendo "não, tá tudo ótimo" ou "tá super bacana esse sistema de evolução de personagem".
ResponderExcluirJá tentei uma pesquisa com ideia semelhante, mas meu grupo viu-se na obrigação de "encontrar DEFEITOS" no jogo/narrativa e começou a inventar um monte de coisas sem nexo...querendo mudar regras para aumentar a facilidade dos jogadores e usar como exemplo algumas situações em que eles ficaram completamente na pior durante as aventuras. Putz, deu o maior trabalho explicar que as aventuras apresentadas tinham níveis de dificuldades baixíssimos e eles se enrolavam sozinhos, tive que mostrar as fichas dos NPCs para fazer um comparativo com os personagens deles e apresentar a solução à cada problema que eles próprios criaram aos seu personagens... Em suma, infelizmente, essa alternativa não se aplica ao meu grupo de jogo.
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